Por Luiza Ribeiro
Desde que foi criada, a ONU sempre esteve presente nas coberturas jornalísticas. Mas, algumas vezes, para conceder informações internas para jornalistas, ela é um tanto controladora por conta dos principais países membros. Em entrevista concedida ao ONU em Pauta, o jornalista José Carlos Peixoto Jr., que já trabalhou na cobertura internacional, explicou como se dá a relação do jornalismo e da ONU, e a influência dos principais países membros.
ONU em Pauta: Como e quando as notícias da ONU recebem devida importância?
José Carlos Peixoto: As notícias da ONU têm importância à medida que relatem o que de fato esta entidade representa; vale registrar que a ONU tem sido a principal ferramenta de ação política do governo dos Estados Unidos, posto que, nos últimos anos, tem agido com beneplácito em relação às políticas intervencionistas e imperialistas daquele país. Na grande mídia internacional existe a fabricação do consenso em torno da hegemonia dos Estados Unidos e, lamentavelmente, a ONU faz parte desse jogo.
OP: Como foi a sua relação com a ONU quando trabalhou na cobertura internacional?
JP: Já fiz notícias sobre a ONU quando residia em Brasília e fiz duas reportagens que contemplavam operações de ajuda humanitária desta entidade para o Timor Leste, à época ainda ocupado pelas forças da Indonésia. Na representação diplomática da ONU em Brasília, apurei como seria feita a entrega de alimentos no Timor, que vivia uma situação desesperadora.
OP: Há uma boa relação entre a ONU e os jornalistas?
JP: Nem tanto. Às vezes a ONU é reticente em ceder informações quando se trata de contrariar interesses dos países que efetivamente a controlam, a exemplo dos Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra.
OP: Muitos jornalistas morreram em coberturas de guerras ou sofreram ameaças. Como a ONU vê isso?
JP: Neste aspecto a ONU sempre teve um papel de garantir a liberdade de expressão e denunciar os crimes contra a imprensa e os profissionais de imprensa; assim transcorreu, por exemplo, nos conflitos sangrentos da região dos Balcãs, no leste da Europa.
OP: Qual a importância da ONU para o jornalismo?
José Carlos Peixoto: As notícias da ONU têm importância à medida que relatem o que de fato esta entidade representa; vale registrar que a ONU tem sido a principal ferramenta de ação política do governo dos Estados Unidos, posto que, nos últimos anos, tem agido com beneplácito em relação às políticas intervencionistas e imperialistas daquele país. Na grande mídia internacional existe a fabricação do consenso em torno da hegemonia dos Estados Unidos e, lamentavelmente, a ONU faz parte desse jogo.
OP: Como foi a sua relação com a ONU quando trabalhou na cobertura internacional?
JP: Já fiz notícias sobre a ONU quando residia em Brasília e fiz duas reportagens que contemplavam operações de ajuda humanitária desta entidade para o Timor Leste, à época ainda ocupado pelas forças da Indonésia. Na representação diplomática da ONU em Brasília, apurei como seria feita a entrega de alimentos no Timor, que vivia uma situação desesperadora.
OP: Há uma boa relação entre a ONU e os jornalistas?
JP: Nem tanto. Às vezes a ONU é reticente em ceder informações quando se trata de contrariar interesses dos países que efetivamente a controlam, a exemplo dos Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra.
OP: Muitos jornalistas morreram em coberturas de guerras ou sofreram ameaças. Como a ONU vê isso?
JP: Neste aspecto a ONU sempre teve um papel de garantir a liberdade de expressão e denunciar os crimes contra a imprensa e os profissionais de imprensa; assim transcorreu, por exemplo, nos conflitos sangrentos da região dos Balcãs, no leste da Europa.
OP: Qual a importância da ONU para o jornalismo?
JP: A ONU é uma das principais fontes acerca das relações internacionais; os conflitos que ela intermédia e procura equacionar são, inquestionavelmente, pautas para o jornalismo. Uma entidade do porte da ONU consegue fazer de uma simples reunião de rotina uma boa sugestão de pauta.
OP: Como jornalista, o que acha da atuação da ONU no mundo?
OP: Como jornalista, o que acha da atuação da ONU no mundo?
JP: Acho que a ONU não cumpre o papel que a sociedade mundial espera que cumpra, posto que, como já disse, ela está factível a agir, na maior parte das vezes, de acordo com os interesses das grandes potências internacionais e não como um instrumento regulador e balizador do interesse da maior parte da população do planeta.
José Carlos Peixoto Jr. é jornalista, mestre em História pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e professor de mídia e política.
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